Autoridades reforçam fiscalização após surto de bebidas adulteradas com álcool tóxico

Um surto de intoxicações por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol acendeu o alerta das autoridades de saúde em diferentes estados do país. De acordo com investigações conduzidas por órgãos de vigilância sanitária e laboratórios de toxicologia, substâncias tóxicas foram encontradas em gin, uísque e vodka comercializados de forma irregular.

Até o momento, o CIATox-Campinas confirmou três mortes por envenenamento ligado ao consumo de destilados contaminados. Os casos, registrados principalmente em bares e estabelecimentos de venda direta, contrastam com episódios anteriores, em que as vítimas ingeriam álcool combustível. Desta vez, segundo relatos, o consumo se deu em contextos sociais comuns, o que amplia o risco para a população.

O metanol é um álcool altamente tóxico, impróprio para consumo humano. Pequenas quantidades já podem provocar sintomas graves como náusea, vômito, dor abdominal, falta de ar e visão turva. Em casos mais severos, a ingestão pode levar à cegueira e até à morte.

O Governo Federal, em conjunto com estados e municípios, anunciou a adoção de um protocolo nacional de enfrentamento, que inclui rastreamento das bebidas suspeitas, interdição de lotes irregulares e intensificação das fiscalizações. A população é orientada a redobrar os cuidados, adquirindo apenas produtos de origem confiável e com registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Em São Paulo, a Vigilância Sanitária já interditou estabelecimentos e recolheu garrafas de bebidas suspeitas de adulteração. A polícia também atua para identificar os responsáveis pela falsificação.

Orientação à população

As autoridades de saúde recomendam que qualquer pessoa que apresente sintomas após o consumo de bebidas alcoólicas procure atendimento médico imediato e informe o histórico de ingestão. Além disso, denúncias podem ser feitas à Vigilância Sanitária local para ajudar nas investigações.