A região administrativa celebra o aniversário com obras, ações sociais e projetos que reforçam a participação comunitária e renovam a identidade local

Por Kelly Gomes

O Cruzeiro completou 66 anos mostrando sinais claros de reestruturação urbana e social. A atual gestão tem apostado em um conjunto de obras e iniciativas que, somadas, reposicionam a cidade como um dos territórios mais ativos do Distrito Federal. Moradores relatam mudanças no cotidiano e destacam a recuperação de espaços que estavam esquecidos há muitos anos.

Uma das principais intervenções é a revitalização do eixo formado pela Avenida das Mangueiras, que recebeu novo pavimento e ajustes no sistema de águas pluviais. A recuperação de quadras esportivas, a manutenção dos campos sintéticos e o trabalho no ginásio local também integram o pacote de melhorias que pretende fortalecer a ocupação dos espaços públicos. O Estádio Júlio Moraes, equipamento simbólico da região, terá modernização completa, com troca do gramado e adequações estruturais.

As comemorações pelo aniversário incluem ainda o reencontro da comunidade com os Jogos Comunitários, evento tradicional que voltou a mobilizar famílias em torno do esporte e da convivência social. Neste ano, a programação ganhou um caráter especial com o reconhecimento a centenas de moradores que contribuíram para a trajetória da cidade.

O cuidado com a população idosa, que representa parcela expressiva dos habitantes do Cruzeiro, recebeu atenção prioritária. Espaços de convivência foram reorganizados, atividades culturais retomadas e cursos gratuitos ampliados. A formação em informática, voltada à terceira idade, teve adesão acima do esperado e se tornou uma das principais portas de entrada para inclusão digital na região. Uma parceria com a Polícia Civil pretende ampliar a proteção de idosos com orientações sobre golpes e crimes virtuais.

Outro ponto que mobiliza a população é o futuro da biblioteca pública, fechada desde 2018. Após nova avaliação técnica, a estrutura deixou de ser tratada como inviável e entrará em processo de reforma. Enquanto isso, a administração abriu uma sala de estudos equipada com tecnologia de reconhecimento facial, permitindo acesso seguro e funcionando diariamente.

Iniciativas simples também ganharam destaque pela capacidade de melhorar a rotina dos moradores. A instalação de lixeiras para coleta de fezes de animais, recurso que virou referência no SLU, e o projeto das casinhas de madeira para pássaros feitas com material reaproveitado se tornaram símbolos de criatividade local e passaram a inspirar pedidos de outras regiões administrativas.

No campo social, o Instituto Odilon Aires mantém acompanhamento a famílias de pessoas com doenças raras e reforça articulações para políticas públicas voltadas às cuidadoras. A instituição também apoia o projeto que resultará no Hospital dos Raros, compromisso assumido pelo Governo do Distrito Federal e considerado um avanço para o atendimento especializado.

Para o administrador Gustavo Aires, o momento é de construção coletiva. “O Cruzeiro tem uma história forte e uma identidade que fala por si. Nosso papel é garantir as condições para que a cidade continue crescendo com respeito à comunidade e com políticas que façam diferença no dia a dia”, afirmou.