Mudança no cálculo do Fundo Constitucional pelo presidente Lula pode causar perdas bilionárias, prejudicando saúde, educação e segurança pública no DF, enquanto lideranças locais e nacionais ignoram o impacto sobre a população

Por Yasmim Borges

O Distrito Federal está sob ameaça devido à proposta do governo Lula de alterar o cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), mudança que poderá comprometer gravemente os serviços essenciais da capital. O novo modelo proposto substitui o reajuste atual, baseado na Receita Corrente Líquida (RCL) da União, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), gerando perdas estimadas de R$ 800 milhões já em 2025 e até R$ 12 bilhões ao longo de 15 anos.

A medida é criticada como um ataque direto ao DF, prejudicando áreas fundamentais como saúde, educação e segurança pública. A capital, que não apenas atende sua população local, mas também recebe demandas de outras partes do país e é sede de órgãos federais e internacionais, corre o risco de perder sua capacidade de oferecer serviços de qualidade.

Lideranças locais, como o governador Ibaneis Rocha, têm se manifestado contra a mudança, apontando que ela representa um desrespeito à autonomia financeira da região. Críticas também recaem sobre figuras como Ricardo Cappelli, Rollemberg e o PT do DF, que não se posicionam claramente contra uma medida que ameaça a estrutura de atendimento da capital.

O impacto será sentido por milhões de brasilienses e pela própria administração federal, que depende da infraestrutura do DF. Escolas, delegacias e hospitais poderão sofrer com cortes, resultando em um retrocesso generalizado. A proposta evidencia o descaso do governo Lula com a população e reforça a necessidade de mobilização para barrar essa iniciativa que fere o futuro do Distrito Federal.