Doença afeta jovens, em especial mulheres, e exige atenção médica contínua para manter qualidade de vida

Brasília, 29 de agosto de 2025. Embora não tenha cura, a esclerose múltipla, pode ser controlada e, quando diagnosticada precocemente, permite preservar a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), cerca de 40 mil pessoas convivem com a doença no Brasil, sendo aproximadamente 1.200 apenas no DF.

A enfermidade, de caráter crônico e muitas vezes silenciosa, acomete principalmente jovens entre 20 e 40 anos, com maior incidência em mulheres. Ela afeta o sistema nervoso central e provoca surtos decorrentes do ataque do sistema imunológico à bainha de mielina dos neurônios.

Segundo Stephanie Almeida, referência técnica em neurologia da SES-DF, mesmo sem cura, “a doença pode ser controlada com acompanhamento médico contínuo a longo prazo e não apresenta altos índices de mortalidade”. Os tratamentos disponíveis buscam reduzir a inflamação, aumentar os intervalos entre os surtos e manter a autonomia dos pacientes.

Entre os sintomas mais comuns estão dormência ou formigamento, fraqueza muscular, dificuldade de coordenação motora, visão borrada, tontura, fadiga e alterações no controle da bexiga ou do intestino. No DF, os diagnósticos incluem avaliação clínica e exames como ressonância magnética, análise de bandas oligoclonais e marcadores imunológicos. O tratamento é oferecido na rede pública em unidades de referência como o Hospital de Base, o Hospital Universitário de Brasília e o Hospital Regional da Asa Norte.

Existem duas formas principais da doença: a esclerose múltipla remitente recorrente, marcada por surtos seguidos de remissão, e a primariamente progressiva, em que a deterioração ocorre de maneira contínua desde o primeiro episódio.

No Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado em 30 de agosto, especialistas reforçam que a informação e a busca imediata por atendimento médico diante de sinais suspeitos são fundamentais para retardar a progressão da doença e garantir qualidade de vida.