Primeira-dama preparou evento de luxo em Belém, mas a ausência total de chefes de Estado virou motivo de constrangimento e críticas à gestão Lula

Por Kelly Gomes

O coquetel promovido pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, durante a COP30, em Belém, terminou em um verdadeiro fiasco. O evento, planejado para reunir chefes de Estado e reforçar a imagem internacional do Brasil, acabou completamente esvaziado. Nenhum líder estrangeiro apareceu, deixando o salão preparado para o encontro praticamente vazio e transformando a noite em um vexame político para o governo Lula.

Com atraso de quase duas horas, o evento foi marcado pela ausência de figuras internacionais e pela presença apenas de ministros, assessores e aliados do Planalto. Apesar da decoração luxuosa, inspirada na Amazônia, e de um menu elaborado pelo chef Saulo Jennings, o ambiente deixou clara a falta de prestígio diplomático do governo brasileiro.

Oficialmente, a justificativa foi o cansaço das delegações após uma agenda intensa da cúpula, mas o episódio acabou interpretado como um sinal de isolamento político do Brasil no cenário internacional. O coquetel também tinha um propósito ambicioso: arrecadar apoio para o Fundo das Florestas Tropicais para Sempre, com meta de R$ 125 bilhões. No entanto, a ausência dos principais chefes de Estado esvaziou a iniciativa e expôs o contraste entre o discurso de liderança global e a realidade enfrentada pelo governo.

A cena virou motivo de piada nas redes sociais e foi duramente criticada por opositores, que apontaram o evento como mais um exemplo de desconexão entre o Palácio do Planalto e o cenário político mundial. O resultado foi o oposto do pretendido: em vez de protagonismo, o governo saiu da COP30 com a imagem de desprestígio e constrangimento.