Impacto atinge casas a várias quadras, deixa feridos e leva à interdição de 21 imóveis na Zona Leste de São Paulo

A explosão que atingiu o bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, na noite de quinta-feira, deixou um cenário de caos difícil de esquecer. O incidente ocorreu na região da Avenida Celso Garcia, uma das mais movimentadas da cidade, e pegou moradores de surpresa com um estrondo que pôde ser ouvido a longa distância. Em poucos segundos, casas foram sacudidas, estruturas cederam e famílias correram para entender o que havia acontecido.

A principal suspeita das autoridades é de que o ponto de origem da explosão tenha sido um possível depósito clandestino de fogos de artifício. A intensidade da detonação foi tamanha que provocou estragos não apenas no imóvel onde o material estaria armazenado, mas também em residências a várias quadras dali. Vidraças estouraram, portas foram arrancadas e pedaços de concreto invadiram cozinhas e quartos. Moradores relatam que objetos foram arremessados com tanta força que parecia que um vendaval tinha atravessado as casas.

A tragédia resultou na morte de um morador que não resistiu ao impacto. Outras pessoas ficaram feridas, algumas com cortes profundos e lesões causadas por estilhaços. Equipes de resgate foram acionadas imediatamente e trabalharam durante toda a noite no atendimento às vítimas e na avaliação da estabilidade dos imóveis afetados.

A Defesa Civil interditou 21 casas e estabelecimentos, considerando o risco de colapso em algumas estruturas. Técnicos ainda avaliam a extensão dos danos e não há previsão para a liberação dos imóveis. Muitas famílias precisaram deixar suas residências às pressas, carregando apenas o essencial, enquanto aguardam orientações sobre os próximos passos.

O episódio reacende a discussão sobre a fiscalização de atividades clandestinas em áreas urbanas densamente ocupadas. Moradores afirmam que, apesar de notarem movimentação no local, não imaginavam que ali pudesse funcionar um depósito com materiais inflamáveis em grande quantidade. As investigações devem confirmar se houve negligência e quem é o responsável pela operação irregular.

Enquanto isso, a comunidade do Tatuapé tenta se reorganizar. Entre escombros e paredes marcadas pela explosão, prevalece o sentimento de insegurança e indignação. As autoridades continuam no local para concluir perícias, orientar moradores e impedir que novos incidentes coloquem vidas em risco.

A explosão expôs, mais uma vez, a fragilidade de regiões que convivem com irregularidades silenciosas, que só vêm à tona quando a tragédia já está instalada.